quarta-feira, março 27, 2024

É DELE TODO O TRABALHO

O primeiro passo de uma conversão é crer em YHWH e, isso, na pessoa de seu Enviado, Yeshua. Isso muda nosso Sistema de Crenças e altera nossas certezas. O segundo passo de uma conversão é conhecer a sua Justiça, expressa em sua Palavra. Isso muda o nosso Sistema de Valores e altera o nosso discurso. O terceiro passo de uma conversão é nos submeter ao agir do Espírito Santo. Isso muda o nosso Sistema de Respostas e altera nossas condutas. Contudo, não é nativo esse poder de alterar nossa própria conduta. O Ego tende à desobediência tanto no que deveria ser feito, quanto no que não deveria ser feito, porque opera no Ego o poder da condenação da lei, que conduz à morte. É o aguilhão da morte ou a força do pecado (I Co 15:56). O Espírito Santo, no qual fomos imersos pela fé e aceitação de sua Palavra (senhorio) nos concede um poder para combater e nos libertar do poder da lei da morte. Trata-se do poder da lei do Espírito de vida em Cristo Jesus (Rm 8:2), ou seja, o poder da vida eterna e incorruptível que Ele acessou pela ressurreição. É impossível vencermos o poder da lei da morte com base nalguma força física ou mental. Não há conhecimento, disciplina, terapia, substância ou qualquer outro elemento, nos céus ou na terra, com o qual possamos vencer o poder da lei da morte. A única coisa que vence essa tendência destrutível do pecado é o poder do Espírito de vida, que está em Cristo Jesus e não está em nós. Muitos se enganam achando que tem consigo permanentemente o poder da lei do Espírito de vida, mas não é assim que funciona, pois como um maná, que precisa ser recolhido diariamente, o poder do Espírito de vida precisa ser cultivado com trabalho diário no Jardim de YHWH. Dá trabalho cultivá-lo, contudo, esse poder do Espírito de vida, que nos é dado gratuitamente, é autossuficiente e nele há tudo o que precisamos. É um presente imerecido que nos basta e que se aperfeiçoa na medida em que nos colocamos fracos diante daquele que nos presenteia, razão pela qual podemos até nos regozijar em fraquezas, que nos fazem acessar doses maiores do poder do Espírito de vida. Podemos tudo nesse poder e ele nos aperfeiçoa (Fp 4:13, 2Co 12:9-10). YHWH nos projetou, antes da fundação do mundo, parecidos com ele em imagem e funções. Essa identidade celestial, num ambiente de distanciamento causado pelo pecado, acaba criando um vazio. Responder a esse vazio é a nossa única tarefa. Todo o mais é feito por Ele. O nosso único trabalho é abrir a porta quando Ele bate. Nós só decidimos e tudo o mais é feito por Ele, para Ele e por meio dEle. Nós, que um dia decidimos crer, que um dia decidimos aceitar sua Palavra, que um dia decidimos andar com seu Santo Espírito, não podemos agora nos tornar ativistas achando que podemos fazer algo que só o poder do Espírito de vida pode fazer em nós. Cotidianamente só nos resta decidir abrir a porta, decidir abandonar-se, decidir pela fraqueza diante dEle e decidir receber doses cada vez maiores do poder do Espírito de vida que está em Cristo Jesus. Decida e peça a Ele que, pela sua graça, faça todo o trabalho.

quinta-feira, fevereiro 29, 2024

NÃO É PRA ME GABAR...

Nem todo aquele que se compara com o outro se gaba, mas todo o que se gaba, primeiramente se comparou ao outro e se achou superior. 

A comparação só faz sentido entre as coisas, em especial aquelas feitas em moldes, de maneira idêntica. Se são iguaizinhas e feitas para o mesmíssimo propósito, é justo que sejam comparadas, até porque se apresentarem alguma distinção, isso revelará um defeito. 

Os seres criados por YHWH, sejam anjos ou homens, não deveriam se comparar, pois em que pese haver uma mesma imagem e várias semelhanças, cada ser tem uma configuração específica, com características interiores e exteriores que o fazem único.

Cada uma dessas características faz diferença na busca por resultados e até no receber o favor de Deus, logo, tais seres são incomparáveis e assim devem permanecer por toda a existência. 

Somos imitáveis, mas incomparáveis. Imita-se alguém para ver se, acaso, os mesmos resultados podem ser obtidos, mas sem comparar resultados, pois estes dependem de fatores que, no fim, não controlamos. 

A comparação é ruim, também, porque dela decorrem dois caminhos: o inferiorizar-se ou o gloriar-se. 

A inferiorização é péssima porque ela faz alguém acreditar que não pode alcançar sua melhor versão simplesmente porque não alcançou o resultado daquele com quem ela se compara. 

O gloriar-se, por sua vez, é satânico, tanto porque Satanás é o primeiro a se gloriar na Bíblia, como porque o ato de se gabar produz na mente daquele que se gloria uma imagem superiorizada e irreal de si mesmo, um ídolo chamado Eu, que invariavelmente ocupará um pedestal e será adorado pela alma decaída. 

Disso se constata que ninguém que adore o Eu faz isso sem primeiro se gabar e, ninguém se gaba sem primeiro se comparar com outro. 

Atribuir glória a si mesmo é péssimo, tanto é que a Palavra de Deus nos diz "louve-te o estranho, e não a tua boca, o estrangeiro, e não os teus lábios" (Pv 27:2). 

Porém, se alguém não suportar o impulso de se gabar, que ao menos não faça isso a partir de um ídolo falso, mas a partir daquele que, sozinho, merece toda a honra e glória. 

Por isso o SENHOR nos diz, através de Jeremias, "não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor" (Jr 9:23-24 c/c/c II Co 10:17).

Ou seja, se é para se comparar com alguém e atribuir a si alguma vantagem, que seja por conhecer o SENHOR e seus propósitos, pois ao menos aí a pessoa não se gaba de si, mas de Outro em si. 

Então, dito isso, não é para me gabar, mas conheço a Deus e sei que Ele faz bondade, justiça e juízo na terra, hoje e para sempre. 

Aleluia! 

segunda-feira, fevereiro 26, 2024

FADIGA E DESCANSO

No Éden o homem trabalhava, mas não experimentava a fadiga, pois YHWH o havia colocado num jardim e não num ambiente natural. 

Num jardim o alimento é abundante e cuidadosamente disposto, já o ambiente natural precisa ser domado para produzir a subsistência do homem. 

Adão se deixou levar por sua mulher em vez de ouvir a Deus e a consequência foi a expulsão do jardim e a necessidade de viver onde a subsistência acarreta a sua fadiga. 

A fadiga, em geral, nos desvia de nossos propósitos. 

Noé, depois de 100 anos construindo uma arca, esqueceu -se que era um homem bom e se embriagou. 

Abraão, cansado da fome na terra que Deus lhe dera e temendo os egípcios, mentiu que Sara era sua irmã e permitiu que ela fosse desposada pelo Faraó.

Isaque, na sua geração, também cansado da fome na terra, não chegou a ir ao Egito, como seu pai, mas parou em Gerar e ali também mentiu que Rebeca era sua irmã. 

Esaú, por estar faminto e extenuado, trocou a primogenitura por um prato de lentilhas. 

Moisés, cansado da rebeldia do povo, feriu a rocha com seu cajado em vez de falar com ela. 

Saul, cansado de esperar Samuel, usurpou o ofício sacerdotal e perdeu o trono de Israel. 

O inverso da fadiga é o descanso e Jesus é o nosso descanso. Andar nEle é não se fatigar e, por isso, não perder de vista os valores do Reino. 
 


quarta-feira, fevereiro 14, 2024

ALIMENTO ESPIRITUAL

O órgão"reprodutor" do espírito é boca, pois com ela podemos reproduzir a vida espiritual, já que "a morte e a vida estão no poder da língua" (Pv 18:21).
Não é tudo o que dizemos que sai de nós com esse poder, assim como nem toda semente lançada germina. O que tão somente pensamos, é semente não lançada. Aquilo que é dito sem que ninguém se dê conta, não cai em terra, mas à beira do caminho, logo, também não germina. O que é recebido, mas posteriormente suplantado pelos cuidados dessa vida, germina, mas morre em seguida (Mt 13). 

Sementes de ervas daninhas, que não prestam para alimento e nem são boas à vista, também não germinam em nós sem que sejam lançadas intencionalmente e recebidas. Assim, quando cantamos que nossa pátria é idolatrada, nem por isso estamos semeando idolatria. Quando alguém busca semear em nós uma palavra de maldição, desprezo ou ofensa, essa semente não germina se não for recebida. 

Palavras, quando vêm do céu para nosso sustento, são alimento (Mt 4:4), contudo, em nossa dispensação, tais palavras não são liberadas pela audível voz do Pai ou do Filho, mas pela voz dos filhos, quando no íntimo lhes fala o Espírito Santo. 

Palavras celestiais alimentam o espírito, mas precisamos ser cuidadosos ao "come-las", provando os espíritos e julgando o que é dito bereanamente conforme as Escrituras, afinal, "o ouvido prova as palavras, como o paladar, a comida" (Jó‬ 34:3‬).

A comida, antes de ser servida, é provada pra ver se tem sal suficiente. O copeiro em geral consulta uma segunda pessoa pra confirmar o ponto do sal no alimento. Ao comer, devemos fazê-lo com cuidado, afinal, ‭‭"achaste mel? Come apenas o que te basta, para que não te fartes dele e venhas a vomitá-lo (Pv 25:16‬).

Que seja assim em nós. Que a palavra seja recebida com alegria, compromisso, zelo bereano, aplicação cuidadosa, ouvindo-nos uns aos outros, partilhando o alimento, seus sabores, suas nuances.

segunda-feira, fevereiro 05, 2024

SOMOS ADÃO E EVA

YHWH formou Eva a partir da costela de Adão e, pra isso, matou à Adão (sono pesado), ressuscitando em seguida. Não encontramos indicativos de que Adão tenha ressuscitado com um corpo diferente daquele que ele tinha antes, logo, para se fazer uma só carne com Eva, Adão precisaria de um aparelho reprodutor que já existia nele antes de YHWH ter criado a mulher. 

Então, se YHWH ordenara de antemão a multiplicação dos seres viventes criados e se colocara um aparelho reprodutor em Adão antes mesmo de criar Eva, porque YHWH não criou o primeiro casal juntos, de uma só vez, como todos os demais seres viventes? 

A resposta está naquilo que YHWH fez com Adão antes de criar Eva, etapa esta da qual a mulher não participou. Diz o Texto que YHWH (1) pôs Adão no Éden para o lavrar e guardar e que (2) lhe ordenou o que comer e o que não comer. 

Essas duas tarefas Deus ordenou ao homem que Ele fizera do pó da terra e não à mulher que Ele fizera a partir de um pedaço do corpo do homem. 

Pois bem, assim que as instruções são dadas à Adão, YHWH declara o único "não é bom" de Genesis: "Não é bom que o homem esteja só". Na sequência dessa proclamação o SENHOR revela a Adão o seu plano de fazer à Adão uma auxiliadora. 

Ora, Deus sabe todas as coisas e, portanto, Ele já sabia de antemão que não era bom atribuir à Adão tarefas para executar sozinho. O primeiro motivo dessa estratégia é levar Adão à sentir, pela solidão, a necessidade de uma ajudadora em sua missão. O segundo motivo é para tornar Adão coparticipe da criação de sua ajudadora e o terceiro motivo que fica evidente é para que Adão nunca pudesse atribuir à sua ajudadora aquilo que foi dito por Deus antes mesmo que ela existisse. 

Observe que foi exatamente isso que Adão fez quando caiu em transgressão, ou seja, ele atribuiu à Eva a falta. A desculpa de Adão obviamente não foi aceita, tanto porque a ordem fora dada a ele e não a Eva, como porque ele é coarticipe da criação de Eva.

E porque isso nos importa hoje? 

É que cada homem é sucessor de Adão na missão deste, ou seja, todos estamos incumbidos de cuidar e cultivar o jardim do encontro com Deus (altar), sem jamais trazer para esse encontro o fruto do conhecimento do bem e do mal. Bem e mal, como se sabe, são motivações justificadoras do certo e do errado, respectivamente. 

A verdadeira comida consiste em fazer a vontade de Deus (Jo 4:34), logo, quando entramos em sua presença, esse é o alimento do qual sempre nos alimentaremos. Apesar de o homem ser um ser dotado de raciocínio (uso da razão) a sua missão estará sempre ligada à vontade do Eterno e não ao certo que decorra deste ou daquele bem. 

Certo é fazer a vontade de Deus e errado é desobedecer o querer do Eterno, independente daquilo que o homem possa eleger como bem e mal à partir da racionalização do mundo à sua volta. 

Cada homem deste mundo tem diante de si o jardim da presença e um chamado à comunhão com o Criador. É dever de cada homem guardar e cultivar este jardim para que ele continue sendo um lugar de encontro com Deus. Ao executar esta tarefa o homem terá fome, mas jamais deverá se alimentar daquilo que se opõe à vontade do Eterno. 

A realização dessa tarefa incumbe à todo o homem, ainda que solteiro, porém, não é bom que ele realize esta tarefa sozinho. Por isso, o homem deve realizar essa missão acompanhado de uma ajudadora com quem ele seja uma só carne.

Isso nos mostra que, para o Céu, cada homem é um sucessor de Adão em sua missão, de modo que aquilo que foi critério para o agir de Adão, é critério para o agir de cada homem. 

Observe esta verdade na carta de Paulo à Timóteo. Após ter restringido a atividade de ensino aos homens, Paulo justifica a orientação a partir dos critérios que se aplicavam a Adão, dizendo que se Adão foi feito primeiro, se ele recebeu esta missão enquanto ela não existia, se ele é responsável por esta missão e se Eva é sua ajudadora, ela não poderia executar esta tarefa em lugar de Adão, mas somente auxiliando-o. 

Paulo vê na missão de Adão, e no fato de Eva ser sua ajudadora, uma autoridade colocada sobre o homem que, portanto, não pode ser delegada a ela ou exercida por ela sobre Adão. 

Vemos com isso que estamos nos lombos de Adão e que aquilo que foi ordenado à Adão é incumbência missional de cada homem. Do mesmo modo, o que de Eva se esperava, hoje é incumbência de cada mulher.  

 

quinta-feira, janeiro 25, 2024

A GRAÇA DO QUERO-QUERO

‭‭Sabemos que "a boca fala do que está cheio o coração" (Lucas‬ ‭6:45‬), então, ao lermos a Parábola do Filho Pródigo, devemos atentar para o discurso de cada qual.  

O filho mais novo pecava exteriormente, à vista de todos, enquanto o mais velho pecava interiormente, dizendo de si mesmo que não tinha pecado algum. Sabemos, contudo, que se dissermos que não temos pecado nenhum, nos enganamos, e a verdade não está em nós" (1 João 1:8).

É radical a diferença entre os dois filhos no tocante à consciência de pecado, pois enquanto o filho mais novo tinha consciência de sua pecaminosidade, o mais velho se achava santo. Nesse sentido, vejamos a fala de qual:

Filho mais Novo: "pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho";

Filho maís Velho: "há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua".

O que fica claro é que ambos são pecadores, porém, o filho mais novo pecava exteriormente, se arrependeu, foi recebido pelo Pai e deseja trabalhar na obra. Já o filho mais velho pecava no coração sem arrependimento e estava determinado a impedir, à qualquer custo, que o filho mais novo trabalhasse com ele no campo missionário. 

Uma das conclusões que se extraem dessa parábola é que ministros do SENHOR que não discernem que seu pecados interiores pesam tanto quanto os pecados exteriores dos outros, tendem a impedir os pecadores arrependidos de se aproximarem do serviço ao SENHOR. E, caso não consigam impedir essa aproximação, aí mesmo se demonstram contrariados pelo fato de Deus usar os pecadores arrependidos na obra. 

Dificilmente encontraremos ministros de Deus dizendo que não tem pecado. Eles dirão que tem pecado, certamente, mas como são pecados interiores e, ademais, como muitas vezes sequer os discernem, eles não irão te contar que pecado é esse, como fez o filho pródigo. Dirão apenas que também são pecadores e provavelmente irão se comportar como se a sua conduta fosse superior à conduta daqueles que pecam exteriormente. 

O que ocorre é que trabalhar na obra e não pecar exteriormente não dá direito a ninguém de guardar o cordeiro cevado para si. O Cordeiro não é deste ou daquele, ele é de Deus e veio para tirar o pecado do mundo, sejam pecados exteriores ou interiores. 

Acredito que uma das razões de não termos tantos ceifeiros é porque os ceifeiros que já trabalham nos campos, às vezes, dificultam a entrada de novos ceifeiros nos campos. 

Em parte é compreensível esse zelo, pois os ceifeiros atuais não querem que SEU ofício seja difamado por novos ceifeiros que até ontem estavam na prática de pecados escandalosos. Tornam honorável o próprio ofício a pretexto de cuidar do Santo Ofício, esquecendo-se que o que torna santo o ofício não é o zelo humano, mas o pertencer ao Corpo Divino.

Para não imporem as mãos precipitadamente sobre alguém, alguns ministros do SENHOR raramente impõe as mãos sobre quem quer que seja. Em geral, quanto mais histórica a denominação, mais cuidado ela terá com a contratação de novos ceifeiros. Novas denominações, contudo, costum ser descuidadas nesse quesito. O resultado disso é que enquanto as novas denominações são mais problemáticas, dando lugar a escândalos e controvérsias, também são mais frutíferas, enquanto denominações mais tradicionais, mesmo sendo baluartes da moralidade, convivem com intensa esterilidade espiritual. 

O que me chama a atenção é que Jesus nunca teve cuidado da própria reputação como o Corpo dEle tenta fazê-lo atualmente. Jesus podia perfeitamente ter escolhido os pecadores menos problemáticos, como meio de atrair a todos os pecadores. Ele poderia ter pregado o evangelho a todos, mas tocado apenas os pecadores menos escandalosos, todavia, escolheu tocar ladrões, prostitutas, comilões e beberrões de vinho, mesmo que isso lhe trouxesse má fama. 

Isso é conhecido no meio cristão como "graça da garça", ou seja, a habilidade de andar sobre um terreno fétido e pantanoso sem sujar as alvas penas. Às vezes penso que estamos substituindo esse modelo pela "graça do quero-quero", que é a ave que só anda sobre a grama verde e cuidadosamente cortada. Observe, no entanto, que o quero-quero não tem suas penas brancas, porque, afinal, o branco não vem de fora, mas de dentro. 

Que possamos, todos, nos achegar ao Pai com coração contrito e que trabalhemos todos na seara, pois os campos já estão brancos para a ceifa e não são muitos os ceifeiros. 

terça-feira, janeiro 23, 2024

ÚNICO E COMUNITÁRIO

Jesus nos diz que seu mandamento é "ameis uns aos outros, assim como eu vos amei" (João‬ ‭15:12‬), porém, tudo o que Cristo nos manda fazer Ele primeiro nos dá o exemplo, para que sejamos seus imitadores, assim como Ele mesmo imita o Pai. 

Por isso Ele diz: "o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai" (João‬ ‭5:19‬). 

Disso se conclui que se Cristo nos manda constituir uma comunidade espiritual e nos amarmos uns aos outros, é porque antes Ele mesmo participava de uma comunidade espiritual na qual Ele amava e era amado. 

YHWH não nos exigiria vida em comunhão se Ele mesmo não vivesse em comunhão, porém, como Ele É antes de todos e de todas as coisas, no princípio, para que Ele pudesse amar o outro, ele teve que desdobrar-se em Outros. 

YHWH não poderia criar um outro igual a si, tanto porque Ele é único, como porque é incriado. Também não poderia apresentar-se numa única personalidade solitária, do contrário Ele nunca poderia nos dar exemplo da vida comunitária que Ele exige de nós.

É por isso que o Eterno, sendo Único, se particiona na experiência relacional conosco, seus seres gerados. 

YHWH é único, mas as personalidades particionadas com as quais Ele se manifesta às criaturas divergem em função, autoridade (Atos 1:7) e momento de manifestação. 

Aleluia!